17 de abril de 2009


Frequentei as aulas de preparação para o parto na oficina d´afectos, por ironia do destino, visto morar a 60 Km da mesma. Eu e o meu marido gostámos tanto que já estou a fazer recuperação pós parto e frequentamos a massagem do bebé. O local é muito acolhedor, o ambiente muito familiar, e a Mariana (a nossa filha), é mais feliz por ter umas “madrinhas emprestadas” adoráveis. Obrigada Nilza e Guida.
Para além das viagens para Olhão à noite, que sempre davam para por a conversa em dia, criámos um grupo de amigos muito interessante, que antes era composto por “donas grávidas e seus maridos”, e agora, cada casal já exibe os seus lindos rebentos. O mais fantástico foi que conseguimos colocar em prática tudo o que aprendemos neste cantinho. Agarrámos os “afectos” com unhas e dentes, e… voilá… o dia do parto foi recebido de forma serena e tranquila por ambos. Foi mesmo o melhor dia das nossas vidas. Dores, ansiedade, medo? Naaaaaaaa!!!! Nós fizemos a preparação.
Cantinho da Amamentação

10 de março de 2009

27 de janeiro de 2009


A Concepção
Algures entre o 25 de Abril e o 1º de Maio de 2008 foi plantada a semente. Era o início da paragem planeada na pílula para começarmos a pensar no futuro. Estávamos longe de imaginar o que aqueles feriados iam trazer. Mas, como diz o poeta: “são como balas! De canhão.”. Certamente teremos uma revolucionária.

O Positivo
A 19 de Junho de 2008, por volta de um mês e meio após a geração, foi revelada a razão para os enjoos que sentíamos há algumas semanas. Mais a Patrícia, convenhamos. O teste positivo foi uma enorme surpresa para todos. Foi um momento de preenchimento e estupefacção. Era uma realidade. E queríamos aproveitá-la ao máximo.

A Gravidez
O primeiro trimestre passou num ápice. Mas muito transbordou a Patrícia durante estes meses. Foi a altura do “descer à terra” e perceber que “o próximo passo” da relação estava a ser dado. O pé já estava no ar.
O segundo terço foi o da idealização. As ecografias, os pontapés, as conversas e os sonhos foram-se sucedendo. O nosso bebé já interagia e começavam as primeiras exigências. O centro do mundo tinha concluído a sua transferência.
Os três meses finais foram passados a organizar o momento e o espaço. Aulas de preparação. Decorar o quarto. Fazer a mala. Arranjar o enxoval. Toda a família esteve envolvida e contribuiu com a sua parte. A impaciência começava a dar de si.

A Marcação
7 de Janeiro de 2009. Os Reis tinham acabado de sair. Última consulta na obstetra antes de passarmos para o Hospital. “Próxima 5ª feira, entre as 10h e as 10h30, para vermos como está esse líquido. Ah, e leva a mala.” Leva a mala? A sério? Será que…?!
Foi uma semana de expectativa e de ultimação de detalhes. O quarto foi acabado de mobilar. A logística foi revista e reforçada. Os esforços expulsivos foram treinados e afinados. Se tivesse que ser, estávamos preparados para a receber. A todos os níveis.

A Espera
Hospital Distrital de Faro, 5ª andar, Urgências de Obstetrícia. 11h00 do dia 15 de Janeiro de 2009. CTG. Toque. 2 centímetros de dilatação. “É para ficar”. E começa a espera…
Veia canalizada, soro com ocitocina para acelerar o processo. E dar tempo ao tempo. Bastante tempo ao tempo. Mais do que deveria ser permitido. A rapariga estava bem aconchegada e cá fora estava um dia abundante. Em água e frio. Durante toda a tarde vivemos num crescendo de emoções. O impacto inicial de saber que sairíamos de lá com ela. A felicidade pelo apoio que sentimos assim que a notícia se espalhou. E depois a impaciência da espera, que se prolongava sem fim à vista. E a curiosidade sempre a aumentar.
Passou a tarde, chegou a noite. Decidiram que estava na hora. Actos médicos cumpridos, passava das vinte e duas quando deixaram entrar o pai. Durante mais de uma hora fomos só os dois. O derradeiro tempo a sós.

O Parto
Entravam e saíam enfermeiras. Entravam e saíam médicas. Entravam e saíam auxiliares. Quase todas faziam perguntas e muitas tocavam e testavam as miudezas. O momento estava cada vez mais próximo. Aqui surgiu alguma ansiedade e outros sentimentos de receio, prontamente afastados pela tranquilidade que se percebia em todos os envolvidos. Estávamos prontos. A preparação tinha sido de qualidade e estava a dar os seus frutos. O que subsistia era a curiosidade. Uma enorme curiosidade de saber o que aí vinha.
Contracções a atingir o pico. Felizmente, indolores. A Mariana estava no prelo. Altura para fazer força. Uma. Duas. Três. A Patrícia sempre em Grande, como era de esperar. Quatro. Estava cá fora! 0h04.

O Encontro
2,840 kg e 47 cm. Cinzenta e coberta de branco, à saída. Rosadinha e ainda coberta de branco, um minuto depois. Sinceramente, tinha melhor aspecto do que estava à espera. Estava satisfeita a curiosidade. Senti-la em cima do peito, para a mãe e ter tido oportunidade de vesti-la, para o pai, foram o auge da noite.
O pé voltou a tocar o chão! E a partir daqui é sempre a subir!

Eu apoio a Amamentação

Cantinho da Amamentação